Um dos grandes desafios da agricultura brasileira é ter um bom controle de nutrientes e sustentabilidade nos processos de cultivo, devido ao uso de agrotóxicos e até mesmo de fertilizantes aplicados em ciclos de cultivo anteriores.
Para manter o solo saudável para as culturas vindouras, sem ser prejudicado por técnicas invasivas e capazes de comprometer o desempenho da produtividade, é que são implementadas técnicas mais efetivas como a adubação verde.
Neste artigo, vamos falar mais sobre as possibilidades oferecidas pelo fertilizante verde, a visão do mercado a respeito dele e como aplicá-lo no agronegócio.
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Qual o uso de fertilizante verde na agricultura?
O fertilizante, ou adubo, verde é uma técnica de manejo que permite a redução de custos, emissão de gases poluentes e combate à falta de nutrientes no solo. Com essa prática orgânica e renovável, o cultivo por meio do uso de fertilizantes verdes, sugere uma agricultura sustentável sem a necessidade de aplicação de defensivos ou do emprego de fertilizantes químicos nas lavouras.
Mas o que são os fertilizantes verdes? De forma objetiva, os fertilizantes verdes consistem no conjunto de práticas e uso de plantas leguminosas que são dispersas na superfície do solo, enriquecendo-o com o acúmulo de organismos vivos nelas e sua produção orgânica de nitrogênio.
Além disso, a produção de amônia verde através do biometano, por exemplo, é também uma base de produção de nitratos capaz de reduzir ao menos 80% a emissão de gases de efeito estufa.
A prática, em si é muito utilizada para mobilizar os nutrientes da terra e recuperar os solos já desgastados pelos plantios.
Uso do fertilizante verde no Brasil
Embora seja uma prática antiga, nem todos os empreendimentos utilizam este tipo de manejo para a sua produtividade. Dada a necessidade de um maior engajamento e compreensão do que fazer, ou não, para que a prática ocorra corretamente.
Atualmente, o Brasil já conta com tecnologias avançadas para os processos de manejo, em que a produtividade acontece visando sistemas sustentáveis de cultivo. Segundo a Yara, líder mundial no ramo de nutrição de culturas agrícolas, o Brasil tem uma vastidão de subprodutos e resíduos agroindustriais com alto potencial de serem processados em biodigestores produtores de gás para produção.
Assim, apesar de alguns entraves de educação sustentável massificada e de sermos o maior importador de fertilizantes do mundo, já possuímos o amparo adequado para a produção de adubos verdes e um alta escala em um curto período.
Vantagens do uso de fertilizante verde
A prática do adubo verde agrega valor aos processos de cultivo e garante uma melhor qualidade do solo, tendo como consequência colheitas mais equilibradas e saudáveis. Na prática, o uso de fertilizantes verdes contribui para melhores práticas agrícolas aumentando a quantidade de carbono no solo, sem prejudicar o desenvolvimento das culturas. Dentre essas vantagens se destacam:
- maior capacidade para armazenar água;
- aumento da porosidade do solo, ocasionando a sua descompactação;
- redução do impacto da água da chuva e, por consequência, da erosão do solo;
- mais proliferação de microrganismos, contribuindo para as atividades;
- melhora das características biológicas do solo.
O adubo verde contribui também para o controle de doenças e pragas agrícolas no cultivo, assim como é muito eficaz com a minimização de ervas daninhas nos processos de cultivo. Para implementar o fertilizante verde nas suas práticas de cultivo, é fundamental conhecer a sua propriedade e as qualidades do solo que será semeado.
Saber qual a espécie de planta será cultivada é importante para decidir os melhores insumos para a produção. Para empregar a adubação verde, é necessário planejar o período de início deste cultivo e utilizar os equipamentos adequados para o manejo agrícola.
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