A cafeicultura é um dos muitos processos do agronegócio que passa por diferentes etapas envolvendo uma gama de máquinas, ciclos, tipagens e aditivos. A colheita, por exemplo, pode ser realizada de forma semimecanizada ou mecanizada por completo.
Hoje, o Brasil é o país que mais produz e exporta café no mundo. Ou seja, além de ser um produto de alta importância para a agricultura brasileira, cria demandas tecnológicas interna e externamente.
O produtor de café, por esse motivo, vem procurando maior desenvolvimento dos processos agrícolas. Isso, costumeiramente, tem seu destaque voltado às máquinas e implementos – como bem podemos analisar nos preceitos da cafeicultura 4.0, uma excelente combinação entre aspectos de inteligência de dados e capacidade produtiva.
Ficou interessado no assunto? Então continue a leitura, e aprenda um pouco mais sobre os processos e máquinas envolvidas nessa importante parcela do agronegócio brasileiro.
Aluguel de máquinas para o agronegócio!
Máquinas para plantio, colheita e transporte
O que é cafeicultura?
O processo de cafeicultura abrange o cultivo, produção, beneficiamento, armazenamento e distribuição graneleira para viabilizar a comercialização do café. Por se tratar de uma atividade agrícola, recebe grande impacto de sazonalidade, clima para o plantio e manejo do cultivo. Ou seja, demanda estudo e indicadores sólidos para garantir sua produtividade.
Como está o cenário da cafeicultura no Brasil?
Responsável pela produção de diferentes tipos de grãos e por um terço da produção mundial. Assim, o mercado brasileiro de café fornece ao exterior diversas demandas e preços.
Em 2021, a área ocupada para a produção de café era de 1,82 milhão de hectares. A produção nessa área é destinada a produção dos tipos de café arábica e conilon.
As estimativas para as safras de 2022, de acordo com o levantamento divulgado pela Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, é de 55,7 milhões de sacas, sendo cada uma de 60 kg. Se confirmada a estimativa, isso significará um aumento de 16,8% em relação ao ano de 2021, algo extremamente positivo quando consideramos todas as adversidades econômicas e de clima que o mercado nacional tem passado.
Como é realizado o processo?
O processo é realizado por meio de utilização de máquinas e de mão de obra humana. Ele consiste em plantio, florada, colheita. Depois, realiza-se o processamento, a torrefação e a classificação dos grãos.
Após isso, os grãos são empacotados e, posteriormente, despachados para serem comercializados. O processo, em geral, utiliza mão de obra humana em conjunto com máquinas. Aliás, esse processo tem sido fortemente impactado pela cultura de IoT e automação.
Há três formas de orientar o processo: manualmente, semimecanizado e mecanizado.
A colheita manual é feita em pequenas e médias produções, em locais com grande declive, onde não podem ser utilizadas máquinas. O modelo semimecanizado é uma opção que utiliza derriçadores, máquinas portáteis que ajudam o manuseio na mão de obra. Já o formato mecanizado utiliza máquinas de linha amarela capazes de orientar-se geograficamente e, em alguns casos, autônoma.
Quais são as máquinas utilizadas?
A possibilidade de se trabalhar um modelo de colheita completamente mecanizado favorece os produtores rurais, oferecendo diversas vantagens em produtividade e gerenciamento inteligente das lavouras. Afinal, no modelo mecanizado, ampliam-se pontos como agilidade e eficiência.
Os principais responsáveis por isso são as colheitadeiras e tratores agrícolas. Junto deles, existem implementos que podem ser acoplados a essas e outras máquinas – caso o produtor cafeeiro assim deseje. Entre eles podemos citar: arado, semeadora, grade, pulverizador, subsolador, enxada rotativa etc.
Através do correto uso desses equipamentos, evitam-se perdas na produção.
Benefícios da colheita mecanizada
Assim como outras colheitas, como a de cana, a mecanização é extremamente eficiente. Junto disso, a segurança e conforto para o operador das máquinas é altíssimo, podendo atuar com recursos necessários por horas em ambientes isolados. Esse benefício está diretamente ligado a outro, a maior exploração territorial, já que a colheita mecanizada tem pouquíssimas limitações e impeditivos.
A qualidade dos produtos também é elevada, afinal, é possível criar rotas seguras para o trânsito das máquinas minimizando seu dano a lavoura.
Quais são as operações realizadas na colheita?
Na colheita, são realizados quatro principais processos, sendo eles:
- arruação: no qual é feita a limpeza do topo das plantas para não serem perdidos os grãos;
- derriça: tem o objetivo de retirar os grãos das plantas e interfere diretamente na qualidade da colheita;
- varrição: junta os frutos que caem no chão e, com o recolhimento, evita a perda desses grãos;
- abanação: por fim, tira as impurezas dos grãos.
O que é cafeicultura 4.0?
A cafeicultura 4.0 utiliza tecnologia digital para os cafezais. Esse modelo de gestão, vertente da indústria 4.0, torna o processo mais produtivo e tecnologicamente conectado, por meio de registro de dados. Ela utiliza o suporte de tecnologia para todo o processo, monitorado e contabilizado por câmeras presentes em semeadoras, máquinas com rede wi-fi, imagens de satélite, ciência de dados e inteligência artificial.
Quais equipamentos são utilizados na colheita?
As máquinas utilizadas na colheita são:
Arruadores sopradores
Esse maquinário é destinado à arrumação do cafezal. Realiza a raspagem e o nivelamento do solo e ajuda na varrição.
Derriçadores
Esse tipo de maquinário é portátil com automotrizes e ajuda na colheita junto à mão de obra.
Recolhedoras
Como o nome diz, é para recolher os grãos de maneira mecânica do café derriçado com maior agilidade.
Abanadoras
Esse maquinário retira as sujidades dos grãos, como galhos, folhas, terra, entre outros. Deixando-os preparados para seguir o processo sem a presença de outros objetos além dos grãos.
Colhedoras automotrizes
O processo de derriça é realizado por cilindros com hastes que recolhem o café para ir para os outros processos.
Também existem diversos outros equipamentos, como tratores de esteira, pás carregadeiras, minicarregadeiras, caminhões basculantes e manipuladores telescópicos, que podem ser adaptados as necessidades da lavoura e realidade do produtor rural.
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