No Brasil, os acidentes de trabalho são um sério problema de saúde pública. Segundo dados do Tribunal Superior do Trabalho, uma pessoa morre a cada 3h47min por ocorrências desse tipo. Os acidentes em altura representam 40% dessas ocorrências, segundo estudo do MTE.
Assim, a queda durante atividades em altura é uma realidade incontestável, exigindo medidas de segurança eficazes. A Norma Regulamentadora 35 (NR 35) é essencial nesse contexto, estabelecendo diretrizes para prevenir acidentes. Ela determina que as empresas forneçam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, como cintos de segurança, capacetes e botinas.
A utilização correta de EPIs é fundamental. Empregadores devem providenciar os equipamentos, e os colaboradores devem usá-los adequadamente para minimizar riscos. Neste artigo, apresentamos uma lista com 5 principais equipamentos de segurança para trabalho em altura. Confira!
Locação de plataformas elevatórias
de 8 a 21 metros – Fale pelo WhatsApp
1. Talabarte
O talabarte desempenha um papel crucial ao conectar o cinturão de segurança a um ponto de ancoragem, permitindo movimentos seguros e restritos durante trabalhos em altura. A escolha do talabarte apropriado deve considerar tanto a mobilidade necessária quanto o tipo de ponto de ancoragem.
Existem diferentes tipos de talabartes que se adéquam a diversas situações. O talabarte de posicionamento, com seu conector oval, sustenta em um ponto fixo e permite a rotação em torno dele. Enquanto isso, o talabarte em Y conecta-se a dois pontos fixos, viabilizando deslocamentos seguros entre eles.
Ainda, é vital avaliar o material usado na confecção dos talabartes e dos mosquetões. A resistência e a qualidade são fundamentais para suportar o peso.
Ao escolher o talabarte e o mosquetão ideais, é crucial considerar a natureza do trabalho e os riscos identificados. Isso assegura uma abordagem eficaz para manter os trabalhadores seguros durante atividades em altura.
2. Ancoragem
A ancoragem, no contexto de trabalho em altura, refere-se a um ponto de fixação seguro no qual os equipamentos de segurança podem ser conectados para proteger os trabalhadores que estão executando tarefas em locais elevados.
Essa técnica é fundamental para prevenir quedas e garantir a segurança dos trabalhadores que precisam realizar atividades em alturas elevadas, como em construções, manutenção de edifícios, instalações industriais, entre outros.
A ancoragem é geralmente realizada por meio de pontos de ancoragem, que podem ser:
- permanentes, como estruturas de aço incorporadas ao edifício;
- temporários, como estruturas portáteis ou pontos de ancoragem móveis.
Esses pontos de ancoragem devem ser projetados e testados de acordo com normas de segurança específicas, a fim de garantir sua capacidade de suportar as forças de impacto resultantes de uma possível queda.
3. Trava-quedas
Um componente essencial para salvaguardar os trabalhadores em atividades em altura é o trava-quedas. Esse dispositivo de segurança é projetado para prevenir quedas, como o próprio nome sugere, e é fixado no cinturão de segurança.
O trava-quedas opera de maneira análoga a um cinto de segurança. Em resposta a um movimento rápido e brusco, como o que ocorre durante uma queda, ele engata e interrompe a extensão do cabo de suporte ligado ao cinturão.
Essencialmente, isso garante que o trabalhador esteja resguardado contra possíveis deslizamentos ou rupturas dos pontos de ancoragem do talabarte. Essa duplicação de proteção reduz substancialmente os riscos de acidentes.
Além dos trava-quedas retráteis mais convencionais, existem versões simplificadas que não possuem cabo retrátil, mas, ainda assim, oferecem proteção contra quedas. A escolha do modelo de trava-quedas apropriado depende do tipo de trabalho e das opções de pontos de ancoragem disponíveis para sua fixação.
4. Óculos de segurança
Os óculos de segurança são dispositivos projetados especificamente para proteger os olhos dos trabalhadores que executam tarefas em locais elevados. Eles têm a finalidade de oferecer proteção contra uma variedade de ameaças, como partículas suspensas no ar, poeira, detritos, produtos químicos e raios solares intensos.
A estrutura do EPI é pensada para proporcionar uma barreira física entre os olhos do usuário e os elementos externos potencialmente perigosos. Os óculos são fabricados com materiais resistentes a impactos e a agentes agressivos, como plásticos de alta qualidade ou policarbonato, que são capazes de suportar forças mecânicas e oferecer resistência a riscos de cortes, impactos e arranhões.
A proteção lateral é uma característica importante dos óculos de segurança para trabalho em altura. Isso significa que eles têm hastes laterais que se encaixam confortavelmente ao redor das orelhas do usuário, minimizando a chance de detritos entrarem pelos lados e protegendo a área dos olhos de maneira mais abrangente. Além disso, a vedação em torno dos olhos ajuda a evitar que partículas entrem por cima ou por baixo dos óculos.
Existem versões também com proteção solar, que podem incluir lentes com tratamentos especiais, como filtro UV, para reduzir a exposição aos raios solares prejudiciais. Isso é particularmente relevante para trabalhadores em ambientes externos que enfrentam forte luminosidade, o que pode causar desconforto visual e potencialmente prejudicar a visão ao longo do tempo.
5. Luvas de segurança
As luvas têm a finalidade de oferecer proteção contra uma variedade de riscos, como cortes, abrasões, impactos, produtos químicos e agentes agressivos.
A construção das luvas de segurança para trabalho em altura envolve o uso de materiais resistentes e duráveis, escolhidos com base nos riscos específicos associados às atividades em alturas elevadas. Por exemplo, podem ser utilizados:
- couro;
- nylon;
- fibras sintéticas de alta resistência;
- kevlar;
- outros materiais que ofereçam proteção contra cortes, perfurações e abrasões.
Elas são projetadas para serem confortáveis e, ao mesmo tempo, ajustadas, permitindo que os trabalhadores tenham destreza suficiente para manusear ferramentas e executar suas tarefas com precisão. A ergonomia é levada em consideração para garantir que as luvas não limitem excessivamente os movimentos das mãos e dos dedos, o que é particularmente importante em trabalhos que demandam agilidade e coordenação.
Além disso, dependendo do tipo de trabalho e dos riscos envolvidos, as luvas de segurança podem ter características adicionais, como revestimentos antiderrapantes para melhor aderência, isolamento térmico para proteção contra temperaturas extremas ou tratamentos específicos para resistência a produtos químicos.
Em resumo, os equipamentos para trabalho em altura são fundamentais para a segurança. No entanto, não basta ter bons equipamentos. Treinamentos adequados são igualmente importantes. Eles garantem que os trabalhadores saibam usar os itens corretamente, tomem decisões seguras e ajam rápido em emergências. A combinação de bons equipamentos e treinamentos adequados resulta em um ambiente de trabalho mais seguro e protegido.
Gostou do artigo? Continue no blog e confira 4 ações para manter a segurança no trabalho em altura!