Depreciação de máquinas e equipamentos: saiba como calcular

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  • Gestão

A depreciação de máquinas e equipamentos pesados é um conceito fundamental para empresas que utilizam esses ativos em suas atividades operacionais. Trata-se de um processo gradual no qual esses bens perdem seu valor ao longo do tempo, refletindo no desgaste físico, na obsolescência tecnológica e no uso constante.

Quando uma empresa adquire máquinas ou equipamentos, é importante ter isso em mente e entender que a depreciação é calculada considerando fatores, como o valor inicial do bem, vida útil estimada, método de depreciação adotado e a taxa de depreciação. Que representa a porcentagem do valor original do ativo, reduzida ao longo de cada período contábil, refletindo o desgaste e a perda de valor ao longo do tempo.

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O que é a depreciação de máquinas e equipamentos?

A depreciação de máquinas e equipamentos é uma forma de contabilizar a perda de valor desses bens ao longo do tempo. Um ativo fixo, como uma máquina ou um equipamento, tem um valor inicial que é registrado contabilmente, no entanto, com o uso contínuo e o desgaste físico, esse bem tende a perder valor e se tornar menos eficiente ao longo do tempo.

Portanto, é uma forma de alocar o custo desse tipo de ativo ao longo de sua vida útil. Isso significa que, em vez de registrar todo o valor do ativo na contabilidade no momento da compra, a empresa registra uma parte desse valor a cada período contábil, refletindo seu desgaste e sua perda de valor.

Assim, a depreciação de máquinas e equipamentos é essencial para a gestão financeira das empresas, pois afeta diretamente o lucro líquido e o balanço patrimonial. Além disso, a depreciação também é usada para calcular o imposto de renda das empresas, uma vez que a legislação tributária permite que a depreciação seja deduzida da base de cálculo do imposto.

Existem vários métodos de depreciação que as empresas podem utilizar para contabilizar a perda de valor de seus ativos. Eles variam em sua complexidade e precisão, mas todos eles visam a alocar o custo do ativo ao longo de sua vida útil de maneira justa e precisa.

Qual é a depreciação de máquinas e equipamentos?

A vida útil de um bem é calculada considerando-se a quantidade de anos de utilização e o número de horas de uso por ano. A Receita Federal, por meio do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99), estabelece prazos específicos para a depreciação de diferentes tipos de ativos.

De acordo com o RIR/99, máquinas, equipamentos, móveis e utensílios têm um prazo de depreciação de 10 anos. Já os veículos possuem um prazo de cinco anos, enquanto os imóveis têm um prazo de 25 anos. Esses prazos foram definidos com base em critérios estabelecidos pela legislação tributária, tendo em conta o desgaste físico e tecnológico desses ativos ao longo do tempo.

É válido ressaltar que os prazos determinados pela Receita Federal são utilizados para fins fiscais e tributários. No entanto, as empresas também podem adotar prazos diferentes para fins internos de gestão, levando em conta específicas de seus negócios e dos ativos em questão.

Qual é a importância da depreciação de máquinas e equipamentos?

A importância dessa prática reside no fato de que ela permite uma avaliação mais precisa dos custos dos ativos, além de ser fundamental para a determinação dos resultados financeiros das empresas.

Ao reconhecer a perda gradual de valor dos ativos ao longo do tempo, a depreciação ajuda a calcular os custos de produção e a formação de preços de venda dos produtos e serviços. Sem essa prática contábil, os custos dos ativos não seriam distribuídos ao longo de sua vida útil, o que poderia levar a uma subestimação dos custos de produção e à superestimação dos lucros.

Outro ponto é que a depreciação de máquinas e equipamentos é fundamental para a gestão de fluxo de caixa das empresas. Com o registro adequado da depreciação, os gestores podem planejar com mais precisão a substituição ou a renovação de seus ativos, bem como a realização de investimentos em novos equipamentos ou tecnologias.

A depreciação também é indispensável na avaliação do desempenho financeiro dos negócios. Ela pode ser usada para comparar o desempenho de diferentes ativos ou para avaliar o desgaste de uma máquina ou um equipamento em particular. 

Essas informações podem ser usadas para identificar oportunidades de melhoria nos processos produtivos, bem como ativos que estão gerando mais lucro para o negócio.

Por fim, esse conceito também é importante para fins fiscais e tributários. Ele pode ser usado para reduzir a base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, o que pode gerar uma economia significativa para a empresa.

Como calcular a depreciação de máquinas e equipamentos?

Existem diferentes métodos disponíveis para calcular a depreciação de máquinas e equipamentos. Essa variedade de abordagens permite que as empresas escolham o método mais adequado às suas necessidades. Cada um possui suas características distintas, e é crucial compreender as diferenças entre eles.

Um dos métodos mais comuns é o linear, no qual o valor inicial do ativo é dividido pelo período de vida útil para obter a depreciação anual. Esse método é simples e direto, resultando em uma depreciação constante ao longo do tempo.

Outra abordagem é o método de saldo decrescente, também conhecido como método acelerado. Nesse método, a depreciação é calculada com base em uma taxa aplicada sobre o valor contábil remanescente do ativo a cada período. Ele reconhece que o desgaste do ativo tende a ser maior nos primeiros anos de uso.

Confira os principais métodos de calcular a depreciação e onde são mais bem utilizados!

Método linear

O método linear é uma das formas mais comuns de calcular a depreciação de máquinas e equipamentos. Ele é amplamente utilizado devido à sua simplicidade e facilidade de compreensão. Ele é útil quando se deseja distribuir igualmente o valor depreciado ao longo da vida útil do ativo.

A ideia básica por trás do método linear é dividir o valor inicial do ativo pelo período de vida útil para obter a depreciação anual. A fórmula para calcular a depreciação anual usando o Método Linear é a seguinte:

Depreciação anual = (Valor inicial – Valor residual) / Vida útil

O valor inicial representa o custo de aquisição do ativo, enquanto o valor residual é o valor estimado que o ativo terá ao final de sua vida útil. A vida útil é o período de tempo estimado durante o qual o ativo será utilizado.

Por exemplo, se uma máquina foi adquirida por R$ 100.000,00 e possui um valor residual estimado de R$ 10.000,00 após 10 anos de uso, o cálculo da depreciação anual usando o método linear seria:

Depreciação anual = (100.000 – 10.000) / 10

Depreciação anual = 9.000 / 10

Depreciação anual = 9000

Portanto, a depreciação anual seria de R$ 9.000,00.

Esse valor é distribuído igualmente ao longo de cada ano da vida útil do ativo, sendo registrado como uma despesa contábil. O cálculo da depreciação é repetido a cada ano, até que a vida útil estimada seja alcançada, refletindo, assim, a perda gradual de valor do ativo ao longo do tempo.

Método de saldo decrescente

O método de saldo decrescente, também conhecido como método acelerado, é uma forma alternativa de calcular a depreciação de máquinas e equipamentos. Ao contrário do método linear, no qual a depreciação é constante ao longo do tempo, o método de saldo decrescente reconhece que o desgaste e a obsolescência de um ativo tendem a ser mais significativos nos primeiros anos de uso.

Aqui, temos a premissa de que o valor depreciado em cada período é calculado aplicando-se uma taxa à diferença entre o valor contábil remanescente do ativo e um valor residual estimado. A taxa utilizada no método de saldo decrescente é geralmente maior do que a utilizada no método linear, o que resulta em uma depreciação mais acelerada nos primeiros anos e uma depreciação gradual nos anos subsequentes.

O cálculo da depreciação anual usando este método pode ser exemplificado da seguinte forma:

  • determine o valor inicial do ativo e o valor residual estimado;
  • calcule a taxa de depreciação, que pode ser determinada dividindo-se um número pelo total de anos de vida útil do ativo. Por exemplo, se o ativo tem uma vida útil de 5 anos, a taxa de depreciação seria 1/5 = 0,2 (ou 20%);
  • para o primeiro ano, aplique a taxa de depreciação ao valor inicial do ativo para obter a depreciação anual;
  • subtraia a depreciação anual do valor inicial do ativo para obter o valor contábil remanescente;
  • agora, basta repetir os dois últimos passos, aplicando a taxa de depreciação ao valor contábil remanescente do ano anterior.

Método das unidades produzidas

O método das unidades produzidas é uma forma de calcular a depreciação de máquinas e equipamentos, considerando a quantidade de unidades produzidas ou as horas de uso do ativo. Por exemplo, suponha que uma empresa adquira uma máquina por R$ 100.000,00, com uma vida útil estimada de 10.000 unidades produzidas e um valor residual de R$ 10.000,00.

Nesse caso, podemos calcular a taxa de depreciação por unidade produzida da seguinte maneira:

Taxa de depreciação = (Valor inicial – Valor residual) / Total de unidades produzidas

Taxa de depreciação = (100.000 – 10.000) / 10.000

Taxa de depreciação = 9 / unidade produzida

Agora, suponha que a empresa tenha produzido 1.000 unidades durante o ano. Podemos calcular a depreciação anual utilizando a taxa de depreciação por unidade:

Depreciação anual = Taxa de depreciação x Unidades produzidas no ano

Depreciação anual = 9 x 1.000

Depreciação anual = R$ 9.000,00

Portanto, com base nas unidades produzidas no ano, a depreciação anual seria de R$ 9.000,00. 

Método de unidades de tempo

O método de unidades de tempo é uma abordagem utilizada para calcular a depreciação de máquinas e equipamentos com base no tempo de utilização, como dias, meses ou anos. Diferentemente de outros métodos que levam em conta unidades físicas produzidas ou horas de uso, este utiliza uma medida de tempo como base para o cálculo da depreciação.

Para aplicar este método, é necessário determinar a taxa de depreciação por unidade de tempo e multiplicá-la pelo número de unidades de tempo que o ativo foi utilizado durante o período contábil. A taxa de depreciação é calculada dividindo-se a diferença entre o valor inicial do ativo e o valor residual pelo número total de unidades de tempo esperado para a vida útil do ativo.

Por exemplo, suponha que uma empresa adquira um equipamento por R$ 50.000,00, com uma vida útil estimada de cinco anos. Se a taxa de depreciação anual for de 20%, podemos calcular a depreciação anual da seguinte maneira:

Depreciação anual = (Valor inicial – Valor residual) / Vida útil em unidades de tempo

Depreciação anual = (50.000 – 0) / 5

Depreciação anual = 10.000

Assim, a depreciação anual seria de R$ 10.000,00. Esse valor seria registrado como uma despesa contábil anualmente ao longo da vida útil do ativo, considerando a medida de tempo utilizada (nesse caso, anos).

Como a locação de máquinas e equipamentos pode ajudar?

A locação de máquinas e equipamentos surge como uma solução estratégica para contornar os desafios da depreciação. Ao invés de adquirir um ativo que inevitavelmente sofrerá desvalorização ao longo do tempo, empresas podem optar por alugar esses equipamentos conforme suas necessidades.

Esse processo oferece uma série de benefícios. Primeiramente, elimina a preocupação com a depreciação, uma vez que o custo é apenas do aluguel, evitando o investimento inicial significativo e a consequente perda de valor do ativo. Além disso, a locação permite acesso a equipamentos modernos e atualizados tecnologicamente, garantindo maior eficiência operacional e reduzindo riscos de obsolescência.

Ainda, sua outra vantagem é a flexibilidade que a locação proporciona. Empresas podem ajustar a quantidade e o tipo de equipamentos conforme a demanda, evitando ociosidade ou subutilização de ativos, impactando positivamente negócios de vários setores, como na área de construção civil. Por fim, a locação também é uma ótima maneira de reduzir custos nos projetos, sem perder a qualidade e eficiência necessária para realizar um bom trabalho

Outro ponto é que os serviços de manutenção e substituição de equipamentos danificados geralmente são responsabilidade do locador, reduzindo a carga de trabalho e despesas para a empresa locatária.

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